#jornalismo (Page 2)

right, wing, conservative

Jornalistas e veículos de comunicação independentes vêm sofrendo com o aumento de violência deliberada à liberdade de expressão e de imprensa. Mas as gigantes da tecnologia, donas das informações que espontaneamente compartilhamos, parecem estar no controle do que pode ou não ser disseminado sem o necessário debate sobre a jurisprudência de suas decisões.

Quando todos os críticos ao governo são “maus brasileiros” e a imprensa é “mentirosa” porque expõe fatos contra a desinformação oficial, não há caminho para o contraditório. As frequentes ameaças a jornalistas, no estilo truculento de ditadores, só reforça o cenário autoritário em que os governos autocratas, como os de Bolsonaro, enfiaram a política.

gray magnifying glass and eyeglasses on top of open book

Passados sete meses, a onda de desinformação se espalhou tão rápido quanto o vírus SARS Cov-2. Pior, essa “desinfodemia” tem ajudado a fomentar falsas ideias e acirrar o pensamento anticientífico. Teorias da conspiração transitam pelos campos político, econômico e social, todas a partir de argumentos sem base ou sustentados em dados distorcidos, mal interpretados ou mesmo inventados.

Patamar de respostas dadas até aqui para enfrentar a indústria da desinformação não inclui velhas questões a respeito da mídia tradicional, tampouco dá conta dos desafios impostos pelas novas relações de mercado. Os limites entre os conteúdos pagos e os de interesse público sempre foram tênues, quando analisados sob a perspectiva do mercado e da indústria da comunicação.

“Por que sua esposa, Michelle, recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz”? Jair deve explicações. Não só porque é pago com o salário dos contribuintes, algo que ele e seus seguidores fazem questão de lembrar quando atacam adversários políticos. Qualquer presidente tem de publicizar seus atos enquanto político, antes e depois de eleito. Faz parte do pacote.