Poder (Page 2)

As bolhas informacionais, ampliadas por estratégias de negócio de mídias como o Facebook, são um prato bem servido de ignorância e falta de senso do ridículo. Nas bolhas às quais pertence, Bolsonaro usa a retórica de ser mal interpretado pela imprensa, “desmente” as afirmações baseada em fatos e distorce a realidade a seu favor. O mundo é uma grande conspiração comunista, as instituições estão repletas de esquerdistas (mesmo os de direita, como Doria) e são todos inimigos da pátria. A vacina “chinesa do João Doria” faz parte desse delírio.

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Negligente, o Governo Federal protagoniza o desmonte do setor público na educação ao tratar o orçamento com desdém. Mais do que o discurso ideológico e militante de seus ministros, desde o início da gestão Bolsonaro, o que preocupa mesmo são as prioridades em uma área que deveria ser valorizada com a aplicação de recursos em políticas públicas para vencer as desigualdades.

Tratar a lei emergencial para a Educação no âmbito meramente técnico é um prenúncio de que o sistema educacional público vai, paulatinamente, sofrer com a falta de políticas para universalizar o acesso e priorizar um projeto de desenvolvimento humano e cultural para o país. Como na Saúde, o governo federal tem tratado os dilemas educacionais negando sua importância para a economia e a geopolítica.